As divisões étnicas e nacionalistas deverão manter-se na liderança da Bósnia e Herzegovina. É, pelo menos, essa a conclusão que se retira dos resultados provisórios das eleições presidências e parlamentares que decorreram este domingo no país e cuja contagem dos votos está prestes a ser concluída e oficializada. A população, contudo, espera que esta ida às urnas possa marcar a recuperação da economia do país

“Durante muitos anos, não vimos nenhum progresso na Bósnia e Herzegovina. Por causa disso, perdemos a esperança e a fé. Mas, agora, alguma coisa vai ter de acontecer”, defendeu Branko, um residente em Banja Luka, a capital da República Sérvia da Bósnia, uma das duas regiões autónomas dentro do país.

Também residente na mesma cidade, Dusan Atlagic é está reformado e coloca a prioridade no futuro dos compatriotas mais jovens: “Isto vai ter mesmo de ser melhor. É, realmente, impossível vivermos desta forma.”

Representante da juventude de Banja Luka, Bojan Dragisic espera “mais emprego para os jovens”: “Espero a abertura de mais fábricas e firmas.”

Após o escrutínio de 77 por cento dos votos e com uma participação de 54 por cento entre os 3,3 milhões de eleitores inscritos no país, Dragan Covic liderava o escrutínio croata com 52 por cento das preferências do respetivo eleitorado.

Na perspetiva de se tornar na primeira mulher a chegar à presidência tripartida nesta República dos Balcãs, Zeljka Cvijanovic liderava a votação sérvia com 49 por cento, enquanto, entre os muçulmanos sérvios, por fim, Bakir Izetbegovic somava 33 por cento à frente de outros nove candidatos à respetiva presidência.

Também nas eleições parlamentares, os resultados provisórios indicam que dificilmente a Bósnia e Herzegovina funcionará a uma só voz.