A dura realidade das famílias dos jovens franceses que se juntam aos extremistas na Síria

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França é um dos países que enfrenta o problema da partida de cidadãos para a Síria para se juntarem aos extremistas do Estado Islâmico.

Há alguns meses, dois meios-irmãos, de Toulouse, juntaram-se ao grupo e acabaram mortos, um deles como bombista suicida.

Sahra, uma jovem de 17 anos, filha de uma francesa e de um francês descendente de argelinos, converteu-se ao Islão há 2 anos. Em março partiu para a Síria, e casou com um tunisiano.

A mãe, Severine Mehenni, não compreende a situação. Questiona-se sobre quanto tempo passou a filha na internet a ser “doutrinada”. Diz que ela passava muito tempo e que tudo aconteceu através de uma “lavagem cerebral”.

Os pais vão falando com ela pela internet mas anseiam o seu regresso. Esta foi a última imagem de Sahra em território francês.

“Farei tudo para que a minha filha regresse, isso é claro. E quando ela regressar a França teremos um segundo combate com o governo francês, isso é garantido. A minha filha uma terrorista…”, desabafa a mãe.

Regressar a França implica enfrentar a justiça, mais severa quando casos como este se multiplicam.

Nora, 16 anos, juntou-se à frente al-Nusra, ramificação da al Qaida. O irmão viajou para a Síria para resgatá-la, sem sucesso. Conseguiu vê-la e acredita que ela quer regressar:

“O que me deixou ainda mais motivado para trazê-la de volta, foi ver o estado em que ela estava, horrível. Normalmente ela tem a pele mais escura que a minha mas estava mais branca e tinha a cara inchada, a pele amarelada. Acho que, psicologicamente, não está bem. Ela não parava de chorar e batia com a cabeça contra a parede”, explica Foad El-Bahty.

Há quem encontre motivações humanitárias para estas pessoas rumarem à Síria. Agora, aquilo que encontram é, seguramente, diferente.

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