Malala e Satyarthi: Nobel da Paz é "recompensa para crianças sem voz" e "reconhecimento da luta pelos seus direitos"

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Malala Yousafzai e Kailash Satyarthi, uma paquistanesa e um indiano, ambos ativistas pelos direitos dos menores, são os galardoados com o Nobel da Paz de 2014.

Com apenas 17 anos, a estudante paquistanesa é a mais jovem laureada da história do Prémio Nobel. Malala reagiu a partir da cidade de Birmingham, no Reino Unido, onde reside desde que aí recebeu tratamento, depois de ter sido vítima de uma tentativa de assassinato perpetrada pelos talibãs em 2012.

Para a jovem defensora dos direitos das mulheres – conhecida pela luta a favor da educação das raparigas no seu país – a atribuição do prémio não representa “o fim, mas sim um novo início”; trata-se de “uma recompensa para todas as crianças sem voz e que devem ser ouvidas”. Crianças que “têm o direito a viver uma vida feliz”.

Malala disse que falou com Satyarthi por telefone e que vão convidar os primeiros-ministros dos respetivos países para a entrega do prémio, a 10 de Dezembro, como forma de apaziguar tensões e promover a paz entre o Paquistão e a Índia.

O ativista indiano afirmou que o Nobel é um “reconhecimento pela luta a favor dos direitos das crianças”. Satyarthi lidera o movimento contra o trabalho infantil no seu país. A organização que fundou em 1980 – denominada “Movimento para Salvar a Infância” – libertou mais de 80.000 crianças de diferentes formas de servidão. É também o presidente da “Marcha Global Contra o Trabalho Infantil”, que junta duas mil associações de 140 países.

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