Dilma Rouseff, pelo PArtido Trabalhista (PT) é a preferida do povo para se manter como Presidente do Brasil. De acordo com uma sondagem divulgada pela Datafolha, a atual chefe de Estado recolhe 40 por cento das preferências do povo para se manter no lugar, enquanto a principal concorrente, a socialista Marina Silva (PSB), continua a perder pontos, baixou para 24 por cento e tem apenas três por cento de vantagem sobre o social-democrata Aécio Neves (PSDB).
Antes da ida às urnas no próximo domingo (5 de outubro), esta quinta-feira realizou-se na TV Globo o último debate – o quarto – entre os sete principais candidatos na corrida. Durante as 2h30 que durou o confronto multipartido, o foco esteve, claro, nos duelos à parte entre Dilma e os principais concorrentes, Marina e Aécio, que misturaram trocas de acusações envolvendo casos como o Mensalão, a Petrobras e as políticas económicas e sociais do país.
Entre os vários argumentos referidos e apesar das crescentes críticas à administração interna do país, a favorita expressou o desejo de manter a aposta do Brasil virada para o exterior.
“Vamos desenvolver as nossas relações com a União Europeia e as nossas tradicionais relações com os Estados Unidos. Isso significa que o Brasil defende relações multilaterais e acordos o mais diversificados possíveis”, defendeu Dilma Rousseff.
Marina Silva, por seu turno, entre críticas diretas aos dois adversários e alegações de ambos se terem unido para a enfraquecer, apontou o seu programa presidencial para o povo, cuja revolta contra o governo se tem vindo a fazer sentir de forma mais intensa este último ano.
“Temos a clareza que a sociedade brasileira, que conquistou a duras penas alguns ganhos dentro da sua casa, agora quer ter um governo que amplie esses ganhos da porta para fora”, afirmou a candidata socialista, acrescentando: “Depois de ter feito faculdade, de ver o filho a trabalhar, (o brasileiro) agora quer o serviço que merece pelo imposto que paga.”
Com este último argumento, Marina mostrou confiança em garantir presença na quase certa segunda volta das presidenciais – prevista para 26 de outubro caso nenhum dos candidatos alcance 50 por cento dos votos. A recente sondagem da Datafolha coloca, no entanto, Aécio Neves à porta desse desafio, pressionando as ambições da ecologista. O social-democrata apostou numa estratégia “antipetismo” (contra o PT) e não esqueceu os pensionistas.
Em Portugal, trinta mil brasileiros vão ter também, no domingo, uma palavra a dizer nestas eleições brasileiras.