A coligação militar internacional contra o Estado Islâmico visou as principais fontes de rendimento do grupo armado, ao atacar várias instalações petrolíferas na Síria, durante a terceira noite de bombardeamentos sobre o país.
Pelo menos 13 instalações no nordeste da Síria foram alvo dos ataques com caças militares e aviões não tripulados norte-americanos, que provocaram a morte de pelo menos 14 combatentes e cinco civis, segundo os ativistas do Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
Os alvos, a maioria, instalados em construções pré-fabricadas constituem o “tesouro” do grupo armado que controlaria atualmente nove zonas petrolíferas no norte do Iraque e seis das dez instalações petrolíferas sírias, que garantiriam, na totalidade, uma produção de cerca de 50 mil barris de petróleo por dia.
Entre os alvos visados pelos bombardeamentos encontram-se ainda um centro de treino de combatentes estrangeiros, assim como um edifício que albergaria um tribunal islâmico em Al Mayadin.
A França anunciou ter igualmente levado a cabo um novo bombardeamento no Iraque, durante uma missão de reconhecimento, horas depois da execução de um refém francês por um grupo islamita argelino e quando Paris poderia alargar as suas operações a território sírio.
Em terra, as forças curdas afirmam ter conseguido fazer recuar as forças islamitas na cidade de Kobani, junto à fronteira com a Turquia, de sete para dez quilómetros do centro da cidade. Os combates entre os islamitas e as chamadas unidades de proteção do povo curdo provocaram pelo menos 20 mortos, quando a Turquia contabiliza mais de 144 mil refugiados que cruzaram esta semana a fronteira para procurar refúgio no país vizinho.