O sonho dos independentistas escoceses morreu esta manhã, com a confirmação da vitória do “não” no referendo.
Assim que foram conhecidos os resultados, o líder dos independentistas, Alex Salmond, reconheceu a derrota:
“A Escócia decidiu, por maioria, não se tornar, nesta etapa, um país independente. Aceito este veredicto do povo e apelo a que todos sigam este exemplo e acolham a decisão democrática do povo da Escócia.”
Nas fileiras dos independentistas, reina a tristeza. Um dos receios mais frequentes diz respeito à gestão do Serviço Nacional de Saúde, um dos maiores temas de conflito entre a Escócia e o governo britânico.
“Penso que provavelmente o Serviço Nacional de Saúde será desmontado no espaço de um, dois, três, quatro, cinco anos. Mas tal como uma Fénix renascendo das chamas, estas coisas podem ser reconstruídas e acredito que seremos capazes de o fazer melhor numa próxima tentativa”, sublinhou um dos partidários do “sim”.
A mobilização dos independentistas e a alta participação abre caminho a exigências que não poderão ser ignoradas. Segundo Alex Salmond, agora é tempo de exigir da classe política o cumprimento das promessas de mais autonomia para a região.
E esta é outra das opiniões frequentes entre os defensores da independência:
“É sinal de que há ainda muita gente na Escócia que não queria. Não é uma avalanche de votos por isso acho que é uma coisa boa, mesmo assim, pois mostra que vai mostrar que não estamos contentes com as coisas como estão.”
Em Glasgow, a maior cidade do país, o “sim” à independência escocesa venceu. Um sucesso que não basta, porém, para secar as lágrimas dos independentistas escoceses.