Um ataque cardíaco foi fatal a Emílio Botín, o homem que tornou o Santander o maior banco da zona euro e um dos maiores do mundo
Filho e neto de banqueiros, era uma das pessoas mais influentes de Espanha. Tinha 79 anos e dois lemas: a idade não é um impedimento e o primeiro a ocupar um terreno é o mais forte. Ditados que aplicou até à sua morte.
O primeiro-ministro espanhou Mariano Rajoy, por entre condolências à família, recorda que Botín foi capaz de tornar o Santander o maior banco do país e era um grande embaixador da marca Espanha.
Emilio Botín entrou no Santander aos 24 anos. Após a passagem por vários cargos sucedeu ao pai. O Santander era então um banco de caráter familiar, o mais pequenos dos bancos espanhóis.
Com um programa agressivo de aquisições, entrou no Reino Unido, na América Latina e nos Estados Unidos.
Quando Emilio Botín sucedeu ao pai, em 1986, o banco tinha 1650 agências e dez mil empregados. Hoje, detém 14 400 agências e 184 mil efetivos.
A liderança do banco passa para a filha mais velha Ana Patricia Botín, 53 anos e até agora à frente da filial britânica. A sua nomeação foi já aprovada por unanimidade pelo Conselho de Administração.
Ana Patricia está há 25 anos no banco.
Mas após o escândalo Espírito Santo, em Portugal, o jornalista Denis Loctier recorda que “Ana Patricia Botín era para muitos a herdeira natural no trono do Santander, detido pela família há três gerações, mas os críticos consideram que na banca moderna não há lugar para velhas dinastias familiares”.